È senso corrente e comum a ideia que “quem mais direitos exige, menos deveres cumpre…”. Esta frase, no assunto que hoje quero tratar, cai que nem uma luva! Na actualidade, uma grande parte dos nossos ditos empresários (não erro se disser que rondam os 95%, pois ainda existem Empresários que para além de o serem, são gente de valor, de fibra, e de grande honra, não se podendo confundir com o restos de bandalhos que por aí pululam!), não dão um passo, não executam NADA se não tiverem o apoio seja de que forma for, do Estado.
Eis senão quando, confundindo afinal o jogo…(??), são os primeiros sempre a dizer mal desse Estado (mordem a mão que lhes dá de comer), e sempre a quererem mudar a organização administrativa desse mesmo Estado, ou seja, supostamente embarcam naquela de “menos Estado, melhor Estado”…”Estado regulador e não interventor”, e todas essas patacoadas, cujas 99% deles nem sabem o que quer tudo isso significar. Parece que começam a ganhar esta batalha á maneira deles…
Como o fito desta gente é sempre ganhar muito dinheiro, não importando nunca como, viraram-se desta feita para os direitos de quem trabalha, e sempre contra quem trabalha! Eu vou repetir”…quem trabalha”, para se não confundir com os também existentes parasitas , e muitos, no seio de quem trabalha…e sempre existirá essa espécie de furunculagem, que os ditos empresários tudo farão para manter, pois é sempre a maçã podre no cesto de fruta sã!
Então o objectivo final é voltar a ter escravos!! Como ainda, AINDA!, não o conseguem de forma fácil e rápida, começaram há já alguns anos uma luta, uma táctica que faz parte de dada estratégia, que pretendendo atingir aquele objectivo no final, necessita a cada instante de ser refinado, aconchegando essa táctico-estrategia aos momentos que se vão desenrolando na história mundial…” a seu tempo lá chegámos..”, pensam eles . E bem! Finalmente alguém lhes abriu a porta toda!
Para já baixam a indemnização por despedimento, de 1 mês/ano (30 dias/ano), para 20 dias/ano…mas já brevemente está na forja 10 dias/ano…e logo, logo serão 0 dias/ano…e ponto final! Próximo passo, poder despedir quem quiserem, como quiserem, quando quiserem…e ponto final!
Adianta virmos todos para a rua fazer barulho? NÃO!! Estes bandalhos escondem-se, guardam o dinheiro que sacaram, quer ao Estado em subsídios, quer aos trabalhadores quando não lhes pagam…e então serão sempre as vitimas do “rebuliço, da instabilidade politica, dos desvarios dessa corja de malandros que não querem trabalhar pelos salários e condições que lhes tão generosamente oferecem…”. Ah! Não esquecer nunca a frase enternecedora “o factor humano é o mais valioso em qualquer organização!” Eh! Eh! Eh! Pantominice…
Temos é de cortar todos os tentáculos desta hidra malcheirosa, começando pelo pilar que neste momenta a sustenta: o Estado! Temos de lembrar a quem governa, que o seu real papel nesta novela é gerir bem os bens ao seu dispor, no sentido de fazer sentir bem estar e qualidade de vida aos seus. TODOS, cidadãos, e nunca, sob que pretexto for, “tomar as dores” de uma minúscula facção que quer continuar a governar-se bem, e a governar sem que ninguém lhes tenha dado autorização para isso…ninguém votou nesta gente para o que quer que fosse!
Hoje assistimos boquiabertos, a uma desvalorização do factor “trabalho”, de uma forma tão despudorada e cínica que até arrepia… e é um regalo ver os representantes dos sindicatos, de todos!, terem posições tão tolas, tão patéticas, que roçam a estupidez…é que eles querem lá saber dos que trabalham, eles querem é avançar com a estratégia que lhes é imposta pelos grupos de interesses a que estão ligados: partidos, movimentos, lobbies de todo o género…quem trabalha? É burro! Que aprenda a viver!!
Sempre que ouvimos os doutos ensinamentos de como quem trabalha, se deve comportar, o que deve fazer, o que lhe deve ser feito, o que lhe deve ser dado e retirado, se analisarmos quem verborreia todos esses ensinamentos e doutrinas, descobrimos que NUNCA TRABALHOU, NÃO PRECISA DE TRABALHAR, SEMPRE VIVEU Á CUSTA DE OUTROS, E BEM…
Por fim não devemos desesperar. Temos connosco algo de muito valioso que este vermes não têm: sabemos fazer as coisas! Imaginem terem de ser estes abutres a fazer as casas, o pão, os automóveis, curar os doentes, desenvolver as técnicas várias para o progresso estar sempre em marcha…
Bem podíamos esperar deitados!!
É o nosso trunfo, só que temos de o jogar no momento próprio. Nem antes , nem depois da jogada crucial!
..já me fui..
