segunda-feira, 4 de julho de 2011

Crise, qual crise?

Crise, qual crise??
              
Vivemos na actualidade, tempos muito conturbados, onde tem lugar de destaque, por excelência, o aspecto económico. (convém, contudo para nosso bem, não esquecer o aspecto politico, do qual a meu ver se não tem falado com a frequência com que se deveria falar…)
Quer dizer, e sem grandes delongas, não temos dinheiro…ninguém tem dinheiro; isto a nível individual, das famílias, dos grupos, empresas, países,… mas,
na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma….(Atribui-se esta frase a Lavoisier)
Aqui começo a ficar confuso…ONDE ESTÁ O DINHEIRO? Todo o dinheiro que existe no mundo, no globo em paridade claro, com a riqueza produzida, (pois se assim não for, estamos no mundo da conversa da treta), não desapareceu..!  quando muito, mudou de mãos .
Em geral as linhas politicas mestras que em dada altura no tempo se impõe, mudam quando existem crises económicas, pois tem-se por adquirido que a politica então presente, não serve. E é perante esta simples premissa, que sobre esta lógica, salta logo outra premissa : se se quer mudar de politica, cria-se, mesmo de forma artificial uma crise económica.
Se o dinheiro não desaparece, tão só muda de mãos, se a economia se começa a extinguir, poderei concluir que quem possui o “combustível da economia”, o dinheiro para investimentos, não o disponibilizando para que motor economia retome o andamento, o faz por alguma razão…como dizem os simples, onde me incluo, “tem alguma na manga”.
…e colhe,…e vale, …e ponto final. Quem não estiver bem, que se ponha!!
A não ser… que pensemos um bocado e descubramos (redescubramos), que o dinheiro não se come, não alimenta; só compra a alimentação. Portanto quem faz a alimentação, quem faz as casas, os carros, o vestuário, tudo o que hoje faz parte da vida normal, se se postar numa posição tal, que mostre aos detentores do dinheiro, aos que se arrogaram no direito de tomar para si “todo”o dinheiro, que se quiserem sobreviver, alimentando-se, vivendo naturalmente, têm de mudar de atitude, começando com aquela que a meu ver mais importância tem: ter Respeito pelos outros!
Quantas dessas pessoas que têm muito dinheiro o merecem? Quantas? Ainda colhe entre nós a ideia de que existem “self-made-men”? Quantas vezes neste nosso presente, não somos confrontados com esse ditos ( de tão gloriosa fama, que nos forçaram a olha-los como exemplo), “self-made-men”, que acabam por se descobrir que não passam de reles ladrões…onde nessa tão vantajosa profissão, só mudam afinal,  os montantes dos roubos, decorrendo daí mesmo, que se ultrapassarem dados valores deixam de ser roubos perfeitamente tipificados nos códigos judiciais e passam a ser “opções politicas”, …e a partir daí, meus caros…o dinheiro, foi-se!...porque as “opções politicas” não são mensuráveis, nem ainda, punidas como gestão danosa.
Ainda hei-de continuar a falar deste assunto, noutros textos, mas…
Vou deixar aqui, três, das muitas soluções que existem, para se ultrapassar este impasse a que se chama “crise” por muitas conveniências, e que devem ser implementadas  já:
--Reforma aos 40 anos de desconto, sem quaisquer perdas de direitos
                        (Quem trabalha/ desconta  40 anos, tem todo o direito a poder reformar-se, pois não só descontou durante essas 4 décadas para a Seg.Social, como liberta emprego aos jovens, que sempre trazem novas ideias,  novos conhecimentos, novas tecnologias…tiram-se os jovens das ruas, refresca-se o tecido laboral, e retira-se peso á Seg.Social, pois corre-se sempre o risco de se ter um velho doente, com baixa a receber sem produzir, e um jovem também em casa a receber sem produzir)
--Aumento grande nos salário de quem está empregado
                        (Cria no espírito de quem trabalha uma obrigação de que deve trabalhar mais, produzir mais, portanto grande aumento na competitividade, e por outro lado, se no lado de quem está desempregado, alguém houver que se queira acomodar á situação, logo verá que por essa via não irá longe, pois a distância entre quem trabalha e quem não trabalha começa a ser abissal. Por outro lado impulsiona o ensino, pois só terá emprego quem tiver boas habilitações académicas.)

--Diminuição drástica das importações
                        (Se não tivermos de fazer sair dinheiro para o exterior do país, toda a produtividade e o dinheiro inerente a esse factor fica no país, baixando as dívidas ao exterior, e fortalecendo a economia, que entretanto, começa a arrancar pois os donos do dinheiro, começam a ser donos do bom senso também..)
Lá vou eu sair do disco…


2 comentários:

  1. Penso que há muitas pessoas que, apesar de não terem ainda os 40 anos de trabalho, pretendem a reforma. Pessoas com 37... 38..anos de descontos, por exemplo. Ora, é certo que podem ter a reforma (?) mas vão com (grandes) penalizações. Porque não implementar um sistema em que essas pessoas deixassem de trabalhar até atingirem os 40 anos de descontos e passassem a ser "tutores" ou orientadores ou coordenadores? (como preferirem)
    Eu explico.
    Pessoas já com esses anos de trabalho (insuficientes para reforma) que não pretendessem continuar a exercer, caso aceitassem, poderiam acompanhar pessoas novas a tempo, praticamente, inteiro, integrando-as no trabalho, explicando-lhes as dúvidas inerentes a alguém que está mesmo a iniciar uma carreira profissional, dando formação PRÁTICA e útil (tendo em conta que esses jovens teriam tido, até aí, formação teórica, ou em universidades, ou num ensino profissional).

    Daqui advinham várias vantagens, entre as quais:

    - o trabalhador que pretendia deixar o cargo que ocupava, deixava de o ocupar, continuando a receber (se não todo) parte do seu salário;
    - o lugar ficaria disponível para outra pessoa

    - esse mesmo trabalhador entrava em contacto com novas perspectivas trazidas pelas mentes novas e poderia transmitir essas ideias quer a colegas de profissão, quer a outros """"""""estágiários""""""" que tivesse antes de se reformar;

    - as novas pessoas não eram lançadas no vazio, eram realmente integradas no mundo do trabalho.

    Quando os 40 anos de desconto chegassem, o trabalhador, com toda a certeza, se reformaria, tendo passado os últimos anos de trabalho duma forma mais """"light"""", tendo sempre estado a contribuir para o desenvolvimento da profissão e da entidade empregadora.

    Obviamente que, se pretendesse, poderia sempre ser reformado antes dos 40 anos de trabalho, mas com as tais penalizações...

    Cláudia Gomes
    http://perdidanahistoria.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  2. Penso, esta ser, uma opinião a levar em conta neste assunto, muito badalado de resto, quer por imensas, mas IMENSAS, pessoas, quer e logo á cabeça, por partidos politicos representados na assembleia da republica. Contudo em minha muito pessoal opinião, continuo a dizer de forma muito convicta, que SOMENTE quem tivesse no minimo 40 anos de desconto para a seg. social,se poderia reformar (se fosse esse o seu desejo, claro...), com todos os direitos, sem qualquer tipo de penalizações!! Claro, que é uma EXCELENTE IDEIA a de ter estas pessoas a dar formação profissional, a quem entra no mercado do trabalho. Eu somaria a essa ideia que depois dos tais 40 anos, então deveria essa pessoa estar obrigada durante dois anos a dar essa formação em local a combinar com o IEFP

    ResponderEliminar